segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Arn - Riket Vid Vägens Slut, Arn: O Novo Reino

Arn - Riket Vid Vägens Slut
(Arn: O Novo Reino)*




“Deus tem uma tarefa muito especial para você”
“Ir à Guerra?”
“Não... trazer à paz”

Cheio de expectativa, desde o ano passado esperava pela segunda vinda de Arn às telas. O primeiro filme veio decepcionando muitos leitores, mas como obra mantinha-se fiel a si mesma e era um filme até certo ponto completo e apreciei muito sua execução.

O segundo filme prometia espremer mais e mais páginas em apenas duas horas de filme, e eu que antes tinha tudo favorável sobre ele perdi as esperanças de uma boa conclusão com uma execução que deixou muito à desejar.

Arn - Riket vid vägens slut (2008)
A.k.a Arn: The Kingdom at Road's End
A.k.a Arn 2
de Peter Flinth

com
Joakim Nätterqvist (Arn Magnusson)
Stellan Skarsgård (Birger Brosa)
Milind Soman (Saladi)
Sofia Helin (Cecilia Algotsdotter)

Continuamos agora a saga de Arn Magnusson, enviado à terra santa para expiar por um pecado que não cometeu enquanto sua amada Cecília enfrenta punição semelhante num convento afastado nas terras de Götaland.

Ambos lutam para manter seus pensamentos um com o outro e para se reencontrar, mas tanto Cecília é empurrada para que faça os votos e não mais possa sair do convento, quanto Arn tem que enfrentar mais tempo à frente de seu exercito de templários enquanto luta a ultima e derradeira batalha pelo controle cristão na terra santa.

Após a batalha, Arn é dado como morto e Cecília, após um breve tempo junto ao filho que nunca antes tinha visto, começa a jornada de volta para o convento, já que não pensa em ficar com nenhum outro homem, senão seu antigo amado.

Enquanto isso, os Sverker se aliam com os Dinamarqueses e começam novamente a ameaçar o trono de Knut.

- Trailer



- Critica

Após um primeiro filme bem recebido pelo publico e parte da critica, chegamos à segunda parte da saga de Arn, e este novo filme também regido por Peter Filnth não decepciona no que tange à orquestração de elementos que formam o plano de fundo. Os atores novamente convencem em seus papéis e a fotografia é perfeita. Novamente somos tragados pelo sufocante deserto de Gaza, nas cruzadas, passamos por batalhas que souberam aproveitar bem os recursos que possuíam (tanto nas cenas em Gaza quanto nas cenas de batalha na suécia) e chegamos a uma Suécia medieval extremamente convincente; com salões, casas, castelos, mosteiros e tudo mais muito, muito bem ambientados.

Infelizmente as partes boas do filme param por aí. A despeito de boas atuações, boa fotografia, trilha sonora, som e imagem, a edição não contribui para o desenvolvimento satisfatório da história. Seriam muitos anos passados em muito poucos minutos deixando uma trama rasa, mal costurada e que muitas vezes faz referências a coisas que passam rapidamente pela tela.

Nas pouco mais de duas horas de filme, vemos anos e anos passarem, dezenas de personagens aparecerem, muita história se desenrolar; e nada, nada parece nos convencer dos fatos.

Apesar de um excelente clima, a continuidade do filme é abalada com medidas estranhamente pouco convincentes. Os anos se passam, mas aparentemente não é feito nenhum esforço ou usada nenhuma maquiagem marcante para envelhecer a maioria dos personagens. Arn ganha algumas cicatrizes, seu irmão fica careca e alguns personagens ganham alguns poucos traços, mas, fora isso, quase mais nada é notado. Cecília, Blanka e outros personagens, parecem simplesmente congelar no tempo a despeito da grande quantidade de tempo que se passa. Cecília passa anos confinada num convento e ao sair ela aparente ter quase a mesma idade de seu filho.

Enquanto o primeiro filme da saga de Arn parece ser interminável (não são poucas as pessoas que conheço que desistiram ou listaram este como um ponto negativo “O filme é longo demais, não acaba, é interminável...”) a segunda e derradeira parte parece um videoclipe. Num momento estamos acima do tempo, e em outro abaixo, há cortes sem nenhum motivo, cenas desnecessárias e outras que careceriam de ajustes e isso somada a já falada má continuidade e mudança dos personagens torna a projeção pra lá de confusa, desconfortável e contando negativamente para o filme.

Anos passam em instantes, batalhas duram segundos, personagens surgem e desaparecem do nada e vemos a obra de Jan Guillou se perder em si mesma numa trama que pode até lembrar o primeiro filme ou fazer referência aos livros, mas que nem conclui o primeiro filme satisfatoriamente e nem faz jus à obra escrita.

- Veredicto

Por inconsistência na montagem, continuidade e execução da segunda parte da saga do Cavaleiro Templário, infelizmente classifico o filme como dispensável. Apesar de ser bom para os olhos, com imagens belas e bom clima; caso tenha gostado do primeiro filme talvez seja melhor mantê-lo em mente sem conclusão, uma vez que o segundo coloca toda a história a perder.

- Trivia

O rei Knut assim como seus filhos Erik e Jon que são interpretados por Gustaf Skarsgård, Bill Skarsgård e Valter Skarsgård são todos filhos de Stellan Skarsgård, que também está no filme e interpreta Birger Brosa. Stellan Skarsgård talvez seja o nome mais conhecido da produção já que é um ator de renome internacional que já fez várias produções de Hollywood como Mamma Mia e Piratas do Caribe – No Fim do Mundo (entre tantos)

Musicas do filme foram compostas por Tuomas Kantelinen (que fez a trilha sonora de outros filmes suecos) e foi cantada por Marie Fredriksson, muito conhecida por ser a cantora do grupo sueco Roxette.

Milind Soman que faz o papel de Saladino é um Modelo de ascendência indiana que fez inúmeros papéis em filmes indianos. No entanto ele é escocês e até por volta dos 10 anos morou lá.


* Não achei em nenhum site especializado a tradução do título do segundo filme. Optei então por traduzi-lo com base no nome do livro em que foi inspirado, mas, este não é o nome oficial da tradução e me comprometo a tão logo saber dela mudar o título.

4 comentários:

  1. não entendi!! se Arn morre no primeiro filme, qual o motivo dessa sequencia?!? parece o mesmo!

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  2. Onde eu acho esse filme? Quero assistir.

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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  4. Assisti a muito tempo atras as duas partes e por acaso assisti a nova versão em português.A nova versão deve ter sido lançada no mercado americano devido aos problemas de continuidade...Agora não sembro se perdi muita coisa. Pois o filme atual tem uma duração menor que os os outros 2 filmes.

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