quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Män Som Hatar Kvinnor (Homens que Odeiam as Mulheres)

Män Som Hatar Kvinnor
(Homens que Odeiam as Mulheres)




“Nunca tentei isso antes,
Fique quieto,
ou posso fazer um estrago...”


(frase falada a uma pessoa amarrada por
 outra com uma máquina de tatuagem)


Não esperava nada quando assisti ao filme, apesar das boas indicações, e foi uma das grandes surpresas que tive este ano. Além de esperar ansiosamente pelos outros dois filmes, comprei os livros da série Millennium.

Män som hatar kvinnor, 2009
Millennium: Part 1 - Men Who Hate Women (título internacional)
The Girl with the Dragon Tattoo (título alternativo)
The Girl who Played With Fire (título alternativo)
Homens que Odeiam as Mulheres (titulo em português)
de Niels Arden Oplev

com
Michael Nyqvist (Mikael Blomkvist)
Noomi Rapace (Lisbeth Salander)
Peter Andersson (o curador)
Per Oscarsson (Holger Palmgren)

Há mais se 40 anos Harriet Vanger desapareceu. Não há nenhum corpo, nenhuma nota de resgate e nenhuma pista sobre o que poderia ter acontecido com a menina de 16 anos, mas seu tio recebe todos os anos uma flor em seu aniversário, exatamente como ela fazia. Ele acredita que o assassino envia as flores, e procura Mikael Blomkvist, um editor de revista recentemente condenado à prisão por calúnia, mas que tem um grande histórico no jornalismo investigativo, para uma ultima tentativa de saber o que aconteceu com Herriet e quem é a pessoa que manda as flores.

Durante o processo ele tem contato com a “Hacker” Lisbeth Slander e ambos passam de caçadores à caça numa intriga que envolve família, poder e todos parecem ser suspeitos.

- Trailer



- Critica

Tendo como base os Best Sellers do autor sueco Stieg Larsson, o filme foi excelentemente dirigido por Niels Arden Oplev, um diretor desconhecido nas Américas, mas famoso e celebrado na Dinamarca. Ele conseguiu conduzir a história cheia de reviravoltas com maestria e mão firme, tornando a experiência memorável.

A história foi bem escrita e produzida para as telas, e o romance de mais de 400 páginas ganha um ritmo ágil, apesar das texturas complexas, da violência e da profundidade dos personagens, estes representados muito bem, com destaques óbvios para Noomi Rapace, que conseguiu fazer a problemática Lisbeth de maneira cativante, conseguindo que todos nós, mesmo com todas as diferenças nos identifiquemos com ela, com o que ela faz, e em algum nível compreendemos seus motivos. Além dela, é claro, palmas para Michael Nyqvist (este um pouco conhecido por aqui tendo feito o papel de Magnus o pai de Arn), que segura o papel de redator idealista da revista Millennium muito bem, e para Peter Andersson, como o asqueroso Bjurman.

Destaco ainda a cena da vingança como uma das melhores já filmadas, fazendo com que todos, principalmente todas as mulheres, adorem o filme.

- Veredicto

Há tempos não assistia a um filme que me entreteve tanto. A história é maravilhosa, a direção, competente, e os atores fazem um excelente papel tornando “Män som hatar kvinnor” um filme obrigatório para os amantes de mistério e suspense.

Altamente Recomendável.

- Trivia

Stieg Larsson (autor dos livros que deram origem ao filme) é um escritor famoso e editor de revistas na Suécia (parecendo vagamente com o personagem Mikael Blomkvist). Ele foi famoso por se posicionar contra a extrema direita e neonazistas da Suécia, escrevendo sobre eles e expondo-os em todos os níveis da sociedade, o que lhe valeu inúmeras ameaças de morte.

Noomi Rapace é filha de Rogelio Duran, um cantor espanhol.

No IMDB a nota do filme (na data da publicação desta crítica) é de 7.6, e é um dos poucos filmes que em todas as idades as notas das mulheres superam sempre a dos homens. (a média da nota feminina é de 8.0, e meninas com menos de 18 anos colocaram em média a nota como 8,9).

Noomi Rapace teve que aprender a andar de moto para o papel, e segundo disse em entrevistas, usou isso para separá-la do personagem.

Peter Andersson (o curador) é conhecido do publico sueco por papeis em filmes de drama e crime, mas também por comédias e categoriza este como um dos papeis mais densos que já fez.

Stieg Larsson morreu de infarto em 2004, só escreveu os livros da série Millennium, e estes só foram publicados em 2005 após sua morte.

Em 2008 Stieg Larsson foi o segundo maior autor em vendas no mundo, só sendo superado por Khaled Hosseini, o autor de “O Caçador de Pipas”.

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