sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Donkey Punch, Prazeres Mortais

Donkey Punch
(Prazeres Mortais)




"Alguém ouviu falar do Coice de Mula?
Basicamente você está amando a sua garota por trás e, justo quando está para gozar, soca ela com força na nuca. Isso causa um espasmo muscular involuntário. Um apertão como você nunca sentiu..."

Acompanhei pela mídia como havia sido o ano de 2008 em termos de filmes de horror e suspense, e em vários lugares foi citado Dinkey Punch como um dos filmes do ano passado que valiam a pena de ser vistos.

Não compartilho, como muitos, da opinião que o filme é tão inovador ou tão bom quanto a sua premissa sugere e o resultado da projeção eu resenho e critico abaixo.

Donkey Punch, (2008)
de Oliver Blackburn

com
Nichola Burley (Tammi)
Julian Morris (Josh)
Jaime Winstone (Kim)

Lisa, Kim e Tammy são amigas inseparáveis. E recentemente Tammy não está bem... seu namorado a traiu e ela está precisando relaxar e esquecer tudo de ruim que aconteceu. Oque seria melhor do que um fim de semana no sul da Espanha banhado pelo mediterrâneo?

As garotas só querem saber de se divertir e entre uma boate e outra conhecem Bluey, Josh e Marcus. Após alguma conversa elas já estão num iate para oque seria apenas assistir a um paradisíaco por do sol no mediterrâneo. Mas as drogas começam a rolar, as conversas sobre manobras sexuais começam a acontecer, os ânimos começam a aumentar e tudo evolui para uma noite de sexo onde parece estar rolando de tudo, inclusive filmagem.

Durante a ação Bluey incita Josh a tentar o Donley Puch, o Coice da Mula (a manobra sexual que dá origem ao nome do filme e está sumarizada pelos próprios personagens na parte transcrita em itálico) em Lisa, e ela acaba morrendo. Depois disso começam as discussões no barco? Oque fazer? Quem chamar? Foi um acidente?

- Trailer



- Critica

Oliver Blackburn não tem trabalhos relevantes no cinema para que possamos fazer qualquer comparação da evolução de sua forma de dirigir, mas, penso que o filme é um retrato de como um roteiro bom pode se perder por conta de decisões mal tomadas durante a produção.

O filme consegue ser muito bom em criar um clima de suspense quando se dá a morte e claramente há a divisão de interesses sobre como proceder. As mulheres obviamente queriam chamar as autoridades e acabar logo com àquilo, “querem fazer a coisa certa” e até um dos tripulantes que não estava na hora do “acidente”, Sean, também deseja chamar a policia. Mas Marcos, o capitão interino do navio que ainda não tinha recebido licença para ser um capitão pensa diferente, assim como Josh, o responsável direto pela morte e Bluey que forneceu as drogas.

Há também o fato de que tudo foi filmado e há a discordância dos próprios homens do que fazer com a fita... guarda-la para mostrar quem realmente matou Lisa ou destruí-la fazendo com que todas as provas simplesmente desapareçam?

Os momentos de discussão são bons, com uma tensão real e bem dirigida, mas infelizmente lenta e gradualmente a direção começa a perder a mão. As ações começam a ficar aparentemente caóticas e os personagens fazem cada vez mais coisas sem nenhum sentido levando, cada um a seu tempo, a morte de cada um deles de forma totalmente sem nexo.

Alguém pode me explicar porque atravessar uma parede de vidro é mais inteligente do que quebra-la com um enfeite de aço? Essa é apenas uma das inúmeras loucuras que acontecem e fazem o filme perder qualquer credibilidade fazendo com que o que seria uma boa história de horror, se transforme num filme com mortes cinematográficas e boas cenas de violência gráfica, mas desprovido de qualquer ligação com a história ou com a realidade.

No fim, o filme não é uma bomba no sentido da palavra, mas deixa muito a desejar do que poderia ser uma história que começou muito bem sobre a inconseqüência dos jovens que aparecem na fita.

As coisas enrolam e se desenrolam tanto que passamos a nem mesmo ligar para oque acontece na tela, fazendo com que ao minutos finais sejam irrelevantes sobre quem começou, quem tem razão e desejamos apenas que o filme acabe.

As locações são belíssimas, como deveriam ser num filme como este, e cumprem bem seu papel de fundo paradisíaco para as mortes que se dão em tela.

Penso que Oliver Blackburn é uma promessa, e com o tempo e com um roteiro feito de maneira mais amarrada ele tem a possibilidade de fazer um bom filme, triunfando onde este naufragou.

- Veredicto

Apesar de um começo promissor e uma direção que se mantém forte até cerca do meio do filme, Prazeres Mortais descamba para o gore, o esdrúxulo e pro sem sentido, fazendo com que seja até uma boa diversão para uma tarde vazia, mas nada além, oque é uma pena pra um roteiro que começou de maneira bastante original.

- Trivia (alguns retirados do IMDB)

Julian Morris, que faz de Josh é o rosto mais conhecido do filme, uma vez que ele trabalhou como o Dr. Andrew Wade em ER – Plantão Médico na sua 15 temporada.

Apesar do filme se passar em Majorca, a cena em que elas estão no táxi no inicio foi filmado na Costa del Sol.

Foi filmado em apenas 28 dias.

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